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PROJETO DE SAÚDE MENTAL (EM CONSTRUÇÃO ) MODELO TIPO I
PROJETO DE SUPERVISÃO CLINICA INSTITUCIONAL DO CAPS.
Nome:
A qualidade de assistência ao usuário de saúde mental de Picuí-PB. Um desafio para a equipe do CAPS.
Buscando inovações no modelo tecnico-assistencial do CAPS. Proposta para mudanças.
Centro de Atenção Psicossocial I “Loucos Pela Vida”. Rua: São Sebastião, 48 – Bairro Centro – Tel. 0_ _ (83) 3371 – 2266. E-mail: caps1picuipb@gmail.com.
Secretaria Municipal de Saúde. Rua: Antonio Firmino, 81 – Bairro Monte Santo – Tel: -- (83) 3371 – 2126. Fax: ____________ e-mail: ______________________
Secretária Municipal de Saúde
Maria Lúcia Dantas Xavier
Coordenadora Municipal de Saúde Mental
Maria do Carmo
Coordenadora do CAPS
INTRODUÇÃO
Os CAPS representam estruturas terapêuticas intermediárias entre a hospitalização integral e o acompanhamento ambulatorial, que se responsabilizam por atender indivíduos com transtornos psiquiátricos graves, desenvolvendo programas de reabilitação psicossocial. Entende-se por reabilitação psicossocial a possibilidade de reverter um processo desabilitador através do aumento da contratualidade social do indivíduo com o mundo.
Desde Julho de 2011 funciona, em prédio próprio da Prefeitura Municipal de Picuí-PB, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) constituído na modalidade CAPS I, conforme a Portaria 336 de 19 de fevereiro de 2002, credenciado em julho de 2011.
A assistência é prestada a uma população adulta com transtornos mentais graves e persistentes, causadores de importante grau de desabilitação, ou seja, limitação ou perda de capacidade operativa. O atendimento abrange regime intensivo, semi-intensivo e não intensivo.
O CAPS I “Loucos pela Vida” do município de Picuí-PB, após Sensibilização com as ESFs do Município teve suas portas abertas à população no dia: 05/07/2009. Para tanto dispõe de uma equipe multiprofissional conforme preconizado pelo MS (Legislação em Saúde Mental 1990-2004. P 127) é composta por:
1. Profissionais do nível superior:
a) Médico Psiquiatra;
b) Médico clinico geral;
c) Enfermeira;
d) Psicóloga;
e) Educador físico;
f) Pedagoga;
g) Assistente social;
h) Farmacêutico;
2. Profissionais do nível médio :
i) Auxiliares de serviços gerais (dois);
j) Técnico de enfermagem;
l) Recepcionista;
m) Oficineiro;
n) Vigilante
O CAPS de Picuí conta com uma demanda de usuários em torno de 100 usuários ao mês subdivididos em Intensivos, semi-intensivos e não intensivos. Alguns usuários oriundos de cidade circunvizinhas. Cotidianamente a equipe do CAPS realiza triagens, consultas médicas, enfermagem, psicológica, de assistência social aos usuários e suas famílias dentre outras atividades como por ex.: oficinas de fuxico, medicamentos, arte, desenho, pinturas, palitos, teatro, da palavra, do corpo, música etc. Tais oficinas são subdivididas de acordo com o projeto terapêutico individual de cada usuário. Além da assistência ao usuário com sofrimento mental, o CAPS realiza visitas domiciliares, assembléias de usuários e familiares. Realização de eventos alusivos a datas comemorativas como por ex.: Dia das mães, páscoa, pais, luta antimanicomial, drogas, HIV, saúde ambiental, saúde mental dentre outras. O CAPS de Picuí trabalha buscando a implementação da Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02.
Justificativa
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma melhora nos cuidados com as pessoas que sofrem de transtornos mentais depende de uma melhor educação dos trabalhadores em saúde, do público em geral e de um compromisso mais intensivo dos governos quanto ao desenvolvimento de serviços de atenção aos doentes mentais e suas comunidades (OMS, 1997).
A Equipe de profissionais do CAPS de Picuí-PB, realiza um trabalho de inclusão e ressocialização dos usuários na comunidade, bem como assistencia multi- profissional e holistica aos usuários e suas respectivas famílias. Porém, necessita na sua programação de uma Supervisão clinico-institucional por um profissional que não trabalhe no CAPS para supervisionar e orientar das suas ações; apesar de semanalmente haver reuniões de planejamento e avaliação das ações e estratégias realizadas pelo CAPS. Buscamos ampliar a gestão do cuidado a partir da supervisão clinica e programática e através das capacitações municipais, estaduais e federais. Dessa forma desconstruir o modelo de atendimento baseado na prescrição burocrática, impessoal e pontual que não contribui com a política de cuidados da rede de serviços de saúde mental. Bem como combater as:
• FRAGILIDADES ENCONTRADAS:
MODELO HEGEMÔNICO BIOMÉDICO (CENTRADA DA FIGURA DO MÉDICO):
DISPENSAÇÃO DE RECEITAS CONTROLADAS SEM ACOMPANHAMENTO ESPECIFICO;
CAPACITAÇÃO INSUFICIENTE DA EQUIPE DO CAPS;
FALTA DE VINCULO/COMUNICAÇÃO ENTRE OS ATORES (ATENÇÃO BÁSICA, HOSPITAL E CAPS);
1.1 OBJETIVO GERAL
- Promover a manutenção dos usuários no melhor nível de funcionamento e máximas condições de autonomia possível, para cada caso, evitando novas internações e visando a reintegração no seu grupo social;
-Promover a Integração da família ao tratamento;
- Integrar as equipes de saúde da família as politicas de saúde mental;
- Sustentabilidade das ações e estratégias desenvolvidas pela Equipe do CAPS de Picuí-PB no âmbito municipal e Gerencial a partir da supervisão clínico-institucional que é um instrumento de integração e qualificação das equipes
- Trabalhar no serviço de saúde mental municipal (CAPS) visando alcançar uma boa prática clínica, articulada a melhor utilização dos recursos humanos e institucionais existentes nas equipes, nos serviços e no território envolvido.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
:: Reduzir os sintomas: farmacologia, grupos terapêuticos, apoio familiar;
:: Reduzir a Iatrogenia: diminuindo e eliminando sempre que possível as conseqüências físicas e comportamentais da institucionalização prolongada.
:: Promover a competência social e profissional;
:: Reduzir o estigma;
:: Apoiar a familiar e seu grupo social;
:: Promover autonomia.
:: Supervisão das ações;
::Orientação cientifica;
::Qualificação do Cuidado;
1.3 POPULAÇÃO-ALVO
Usuários com transtornos psíquicos graves e persistentes referidos dos serviços de saúde mental.
PROJETO SAÚDE MENTAL II EM CONSTRUÇÃO (PROTÓTIPO)
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Cuidados em Saúde Mental
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:
1.1. Título do Projeto:
Cuidados em Saúde Mental na Atenção Básica
1.2. Nome da Entidade Coordenadora do Projeto:
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), da Prefeitura Municipal de Picuí -Paraíba.
1.3. Coordenadora do Projeto:
Simone Dantas Araújo - Psicóloga – CRP 5936 - PB
1.4. Responsáveis pela execução do Projeto:
um Profissional que não trabalhe nesse CAPS
1.5 Apoio Técnico
Equipe de Profissionais do CAPS I de Picuí-PB
JUSTIFICATIVA
A atenção à saúde mental, no município de Picuí-PB, tem se limitado a atendimentos individuais realizados pela psicóloga do município e, às consultas psiquiátricas para as quais alguns usuários são encaminhados. Os encaminhamentos médico das ESFs para o CAPS I de Picuí-PB são poucos e desprovidos de informações cientificas sobre as patologias.
O alto consumo de psicofármacos impressiona. Na grande maioria dos casos, somente há uma renovação de "receitas", por se tratarem de situações de uso há muito tempo, prescritos em algum momento. A consulta médica só é realizada quando algum sintoma clínico é referido. Nas ESFs, o modelo de atendimento aos portadores de algum transtorno psíquico não é integralizado, sendo percebido que não existem critérios definidos de atuação. Não se observa uma vinculação e acompanhamento do usuário pela equipe técnica, sendo percebida apenas uma medicalização da assistência, baseada no modelo curativo, focado apenas nos aspectos físico e biológico da saúde.
Em outros casos, são os familiares que vão à unidade de saúde com a finalidade de renovação de receita e busca de medicamentos e, assim, a oportunidade de estabelecimento de vínculo do usuário com a equipe fica perdida. Há uma descontinuidade da assistência aos usuários já diagnosticados e ausência de prevenção e promoção da população em risco para sofrimento psíquico.
Observa-se ainda que, não há um acompanhamento das possíveis queixas e dúvidas dos usuários. Também inexiste um delineamento de práticas possíveis na comunidade, a exemplo de atividades educativas, oficinas terapêuticas, grupos operacionais, terapia comunitária e visita domiciliar por parte das Equipe de Saúde da Família.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma melhora nos cuidados com as pessoas que sofrem de transtornos mentais depende de uma melhor educação dos trabalhadores em saúde, do público em geral e de um compromisso mais intensivo dos governos quanto ao desenvolvimento de serviços de atenção aos doentes mentais e suas comunidades (OMS, 1997).
E, para a realização de um trabalho desta amplitude, a equipe executora deve compreender a estrutura da comunidade na qual está inserida, sua organização, seus problemas, as diferentes formas como seus membros vivem, suas crenças, valores e normas que a regem, suas necessidades e a maneira de satisfazê-las. Essa compreensão deve se estender a todos os profissionais, não somente àqueles que fazem parte da equipe multidisciplinar, mas também àqueles que trabalham diretamente com a população, tais como professores, agentes comunitários de saúde, grupos religiosos, Emater, etc.
O municipio de Picuí na Paraíba apresenta uma peculiaridade que intensifica a possibilidade de sucesso na atenção à Saúde Mental: as sete (07) equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), CRAS, um CAPS tipo I que cobrem a totalidade do município. A ESF, inserida em um contexto de responsabilização pela comunidade, assume um caráter importantíssimo na prevenção e promoção da saúde mental, através da detecção precoce das famílias com risco para sofrimento psíquico e na prestação de cuidados aos usuários em tratamento, tarefa essa preconizada pela Reforma Psiquiátrica. A ESF juntamente com o CAPS configuram-se num espaço privilegiado para intervenções em Saúde Mental devido à possibilidade que oferece de superar o modelo psiquiátrico.
Sendo a ESF considerada a porta de entrada do sistema, é possível a realização de um adequado atendimento em saúde mental, que ultrapasse a entrega de medicamentos e modifique a lógica dos encaminhamentos. Entende-se que estas questões extrapolam a capacidade coletiva da equipe, tendo em vista que necessitam de capacitação profissional específica para lidar com os usuários, investimento e incentivo às atividades de promoção da saúde.
Levando-se em conta a realidade apresentada e as Políticas Públicas em Saúde Mental, este projeto vem como uma proposta de atenção comprometida de fato com o desenvolvimento de novas formas de cuidado, que melhorem a qualidade de vida e garantam os direitos de cidadania dos usuários utilizando para tais fins os equipamentos publicos supracitados ESFs e o CAPS I de Picuí-PB.
OBJETIVOS:
3.1. Objetivos Gerais
• Estimular a participação da população e dos profissionais na elaboração de estratégias de atendimento, favorecendo a conscientização e o exercício da cidadania;
• Promover o conhecimento e a familiarização da população com os programas de saúde mental na rede pública;
• Melhorar os espaços de cuidado para o portador de sofrimento psíquico, tomando como base a proposta da reforma psiquiátrica que busca inclusão social evitando a segregação e a institucionalização.
3.2. Objetivos Específicos
Detectar a demanda da comunidade, disponibilizando possibilidades de atendimentos psiquiátricos e psicológicos emergenciais e/ou de avaliação, quando estes se fizerem necessários;
Promover capacitações de agentes comunitários de saúde e demais profissionais de nível médio e superior (das Secretarias de Saúde, Assistência Social e de Educação), para detectar o portador de transtornos mentais na sua comunidade e, também, instrumentalizá-los quanto à detecção de variáveis do contexto social (sócio-familiar, cultural), dispositivos estes que influenciam ou agravam o surgimento das doenças mentais;
Criar grupos de atenção preventiva, com vistas à promoção da saúde mental e, consequente diminuição dos atendimentos psiquiátricos e psicológicos individuais. Pode-se citar como exemplos de grupos possíveis:
Grupos com Pais: com a finalidade de oferecer um local de escuta e orientação relativa a cuidados, necessidade de limites na educação dos filhos, planejamento familiar, definição de papéis intra-familiares, prevenção a violência a ao uso de drogas, etc;
Grupos com Pais de Adolescentes: semelhante ao grupo citado anteriormente, mas considerando-se as peculiaridades da adolescência (sexualidade, uso de drogas e bebidas alcoólicas) etc;
Grupos de Mulheres: a serem executados nas comunidades, promovendo espaço de escuta, prevenindo a violência doméstica, aumentando a auto-estima, proporcionando espaços operativos para geração de renda, etc.
Criar grupos de atenção a usuários com patologia já instalada, favorecendo a re-inserção social, as trocas afetivas e o fortalecimento do vínculo com a equipe de saúde. Este trabalho, além de terapêutico, proporcionaria um olhar mais atento por parte da equipe de saúde para alterações no quadro da doença, evitando a cronificação, o abandono do tratamento medicamentoso, etc. e fortalecer os grupos já existentes no CAPS.
Criar grupos de familiares de usuários em atendimento, para que se estabeleçam trocas de experiências, além de psico-educação e orientação acerca do tratamento e manejo.
Oferecer grupos operativos e oficinas terapêuticas a usuários com diagnóstico de transtorno mental, a fim de reduzir o isolamento social, promovendo atividades de geração de renda e capacitação ao mercado de trabalho; e fortalecer os grupos já existentes no CAPS.
Articular a comunidade para a importância da inclusão do portador de sofrimento psíquico no mercado de trabalho, através de palestras, encontros, mídia local, etc.,
Promover discussão sobre Saúde Mental nos espaços de controle social, como Conselhos Municipais de Saúde, de Assistência Social, de Direitos da Criança e do Adolescente, de Educação, etc, com a finalidade de ampliar as ações e diminuir o estigma que ainda cerca este assunto.
4. METODOLOGIA
Para a viabilidade deste projeto utilizaremos como recurso Técnico-assistencial um cronograma de atividades a serem desenvolvidas pelo profissional qualificado com suporte técnico da equipe de profissionais do CAPS, bem como divulgação dos métodos e resultados esperados e alcançados nos meios de comunicação e no endereço eletronico do CAPS de Picuí-pb. E-mail e Blog. Esse Projeto tem como público alvo os profissionais das ESFs do Municipio de Picuí-PB na pesperctiva de melhorar a assistencias aos usuários com transtornos psíquicos graves e persistentes referidos dos serviços de saúde mental do municipio e das equipes de saúde da famílias.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
MÊS NOVEMBRO/2011 DEZEMBRO/2011
Divulgação nos meios de comunicação: rádio, Planfetagens, carro de SOM 1.ª Semana
Encontro de sensibilização: esclarecimentos sobre o projeto, Proposta, metodologia, objetivos, tempo de duração, resultados esperados, término da supervisão/capacitação
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