terça-feira, 12 de outubro de 2010

CAPS VISITA AO CEFET DE PICUI PB




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Considero que ao atender o usuário, os profissionais da saúde devem desenvolver um cuidar humanizado específico para cada ser singular. Deve, além disso, romper com o distanciamento e com os preconceitos, mantendo o compromisso e a ética. Esse compromisso deve ser construído a partir da cumplicidade dos profissionais com a vida individual do usuário. Vaitsman (1995) ressalta que o individuo como foco de qualquer ação interventora, deve ser reconhecido como lócus de singularidade que produz e define necessidades especificas, as quais devem ser ouvidas e respeitadas. Assim, o acolhimento expressa-se na atenção dispensada, na capacidade de ouvir, na valorização das queixas e na identificação das necessidades dos usuários.
Nesta perspectiva, Pessini e Barchifontaine (2002, p. 231) destacam que a singularidade encontra-se inserida na autonomia do usuário. Deve, portanto, ser respeitada a sua identidade, sua opinião e a liberdade de decidir o que é melhor para a sua vida. Os autores acrescentam ainda que o exercício da autonomia requer “trato e cuidado, coisas que a comunicação e o diálogo podem fornecer, pelo fato de trazerem à tona todos os tipos de influencia desconhecidas e desconsideradas sobre as escolhas a serem feitas.
Conforme destacam Andrade e Inojosa (2004), que o enfermeiro deve reconhecer o ser humano que está sob os seus cuidados, acolhê-lo como sujeito de desejos e de direitos, tanto na perspectiva da atenção individual como na coletiva, agindo solidariamente. Nesse sentido, deve ter flexibilidade e singularidade para olhar as situações do cotidiano dos usuários, ouvindo-os e orientando-os quando se fizer necessário.
A acolhida dos usuários no CAPS, nas ESFs e em toda rede municipal de saúde, deve ser cordial e compreensiva para que se sintam valorizados e à vontade para expressarem seus desejos e vontades, buscando garantir a adesão ao serviço, que deve ser permanentemente acessível. Alguns usuários podem sentir dificuldade em se adequar aos horários de atendimentos e de agendamento. Para solucionar esse problema, o serviço de saúde deve construir mecanismos de organização mais flexíveis. Vale lembrar que toda a equipe de saúde, deve estar envolvida neste acolhimento e ser capacitada para o seu adequado exercício. Conforme ressalta Miranda (2003), o enfermeiro deve extrapolar a objetividade e ampliar as ações humanizadas da enfermagem por meio da vivência profissional aliada à sensibilidade e ao senso de solidariedade, aproximando-se cada vez mais do usuário em sua individualidade.
Mezomo (2001) enfatiza que os usuários, normalmente, necessitam de sinceras relações afetivas tanto por parte de seus familiares, quanto dos profissionais que lhes prestam cuidados. Com base nestas informações, para que o acolhimento ocorra na sua plenitude, o enfermeiro deve expressar sensibilidade, demonstrada por posturas, gestos e toques, entre outros. Neste contexto, durante o acolhimento, o enfermeiro e toda a equipe de profissionais devem entender as necessidades expressadas pelos usuários e responder a elas de forma adequada.

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