terça-feira, 12 de outubro de 2010

NOSSA HISTÓRIA




Em Picuí-PB, anterior ao ano de 2006, havia apenas o serviço de dispensação de medicação psicotrópica na rede municipal, após concurso publico municipal, foi criada a coordenação de saúde mental composta por 1 (uma) Psicóloga, 1 (uma) Enfermeira e 1 (uma) farmacêutica bioquímica que fazia a dispensação dos psicotrópicos, havia reuniões semanais com pequenos grupos de usuários com sofrimento mental que passaram a utilizar o serviço com uma maior assiduidade. Após, várias reuniões, chegou-se ao consenso da necessidade de implantar um serviço mais qualificado que pudesse oferecer uma assistência holística aos usuários e pessoas com sofrimento mental, daí então foi feito o projeto e após algum tempo, foi implantado o CAPS 1 de Picuí-PB, tendo suas portas abertas ao público no dia: 05/07/2009, após capacitação da equipe multiprofissional e capacitação de todas as ESFs do município. A gestão municipal teve esse cuidado de implantar o novo serviço fortalecendo o vínculo com a rede de atenção básica a partir de reuniões de capacitações com toda a equipe dos ESFs.
A minha experiência em saúde mental se deu a partir da capacitação com a equipe multiprofissional, pois, não havia trabalhado nessa área da saúde, apenas feito estágio no período de acadêmico de enfermagem no Hospital Psiquiátrico Dr.º Maia em Campina Grande-PB. Habituado com a enfermagem assistencialista que exercia nos serviços hospitalares e na atenção básica, acolhi a proposta como um desafio que posteriormente me trouxe muita realização profissional e pessoal. Pois, na minha trajetória profissional, os novos desafios sempre me inquietaram para fazer algo novo e diferente, ou seja, que a centralização do trabalho terapêutico esteja dirigida na existência Holística do usuário/cliente, pois, o mesmo é o sujeito ativo e não um objeto na relação com a instituição. Contrapondo-se a prática médico privatista centrada no tratamento da doença e não na reabilitação total do individuo que sendo único deve ser tratado respeitando sua singularidade peculiar. Portanto, o acolhimento, necessita adentrar no cenário da minha prática onde o cuidar se faz urgente e emergente, também como forma de humanização.
A humanização encontra-se intimamente ligada à relação de cuidado existente entre o profissional de saúde e a pessoa cuidada, uma vez que segundo a filosogia da palavra, cuidado deriva do Latim Cura que era usada em um contexto de relações de amor e amizade, para expressar a atitude de desvelo, preocupação. Segundo Boff (1999, p.91), “expressa uma atitude fundamental de um modo de ser mediante o qual a pessoa sai de si e centra-se no outro com desvelo e solicitude.”
Segundo Brasil (2004), o acolhimento, como recurso técnico-assistencial, permite mudar os modos de operar a assistência, refletindo a respeito das relações durante o trabalho em saúde. Tais inovações repercutem na forma de organização tanto do processo de trabalho nas equipes, como n a organização das unidades em redes assistenciais, buscando uma aproximação entre a oferta de ações e serviços e as necessidades e demandas da população.
Foi a partir do entendimento dessa necessidade que surgiu minha motivação para a realização deste trabalho, focalizando como uma ferramenta que se bem utilizada pode-se chegar mais próximo daquilo que se idealiza como tratamento qualificado, humanizado e resolutivo uma vez que,

“o acolhimento é a arte de interagir, construir algo em comum, descobrir nossa humanidade mais profunda na relação com os outros e com o mundo natural. E deixar que os outros descubram em nós sua humanidade e o mundo nos mostre sua mostre sua amplitude” (SÃO PAULO, 2002).

Um comentário:

Anônimo disse...

Quero parabenizar a equipe do CAPS seus gestores de Picuí-PB prefeitura secretária, diretor equipe usuários e familias pela homogenidade das ações pela sintonia e unidade no trabalho de reinclusão social.; Parabéns em breve farei uma visita !!! anônimo